sábado, 25 de setembro de 2010


"Hoje acordei sem lembrar, se vivi ou se sonhei."

De qualquer forma, foi muito bommmmm!!!

Como Borboleta


Porque ela é grande, porque ela decidiu se sentir assim. Ela acredita na reciprocidade dos sentimentos, nos dias melhores, nas boas intenções e adora inventar novos sonhos.. Ela acredita no florescer das coisas boas, acredita naquilo que a espera e consegue ir além do que se pode imaginar. Ela se dá conta que o amor é o caminho e a ferramenta principal pra tudo, que o melhor lugar para um coração bater, é perto de outro peito onde lá também existe um coração que bate em sintonia, no mesmo ritmo, na mesma intensidade. Ela acredita como quem acredita em si mesma, ela não tem medo. Tem épocas que ela se contenta em se arrastar pelo casulo, com aquela certeza de que logo, logo terá asas para voar. E voava, leve, livre, colorida.. às vezes ela se sentia como uma pequena borboleta, mas sem saber, ela é do tamanho da imensidão dos céus que tem pra conquistar. Ela é grande, mas tão grande, que não sabe como cabe dentro de si mesma.. ela não precisa de muito, só coragem. Pegou o fôlego, colocou fé em tudo, e saiu por aí, colorindo seus dias, colorindo a sua própria vida. Ela voa, alto, sempre alto, mas ela volta, e repousa em tudo aquilo que faz bem ao seu coração. Ela repousa no amor e naquilo que ela desejar eternizar, ela repousa em você.!
Karine Melo

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Fecho os olhos, a noite vai longa, e o cansaço apodera-se do meu corpo. Ali, deitada no escuro, de olhos fechados, a minha mente parece querer libertar-se do corpo, como se também ela estivesse cansada desta pequena prisão onde vive há imensos anos. Sinto-me levitar, como se fosse provida de asas, elevo-me no ar e vejo em baixo o corpo abandonado sobre a cama. Os meus sentidos focam-se agora no caminho que pretendo percorrer, olho para o céu escuro, pontilhado de pequenas luzes e escolho uma. A uma velocidade inimaginável sou transportada pelo espaço fora, cruzando-me com planetas e estrelas, galáxias e buracos negros, numa viagem fantástica, numa corrida louca, numa fuga apertada à trivialidade de um quotidiano, amarrada pela força da gravidade a uma terra que nada me diz, a uma vida que nada me trás, a um rumo sem destino. Fujo, não só pelo cansaço, mas também pela curiosidade, para uma galáxia distante, onde os mundos são, completamente irreais e as pessoas não existem. Procuro vagamente o isolamento, numa travessia do deserto da vida, como que de uma purga se tratasse, uma terapia.
O meu corpo, acompanha as batidas do relógio com as pancadas do coração que irriga toda a área, jaz imóvel e tranquilo, vazio e abandonado, enquanto o meu espírito, no seu refúgio se encerra, e descansa de mais um dia, que apenas de ofereceu breves minutos para sonhar....


Luz&Sombra


sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.

Machado de Assis

Triângulo Amoroso



Triângulo amoroso. Triângulo equilátero. Que tem três lados. Três interesses. Ligeiramente modificados. Compactuados. Acertados. Em separado. Um lado que é dele. E o outro lado. O lado que é dela. O lado amado. O lado de sempre.. Que é bem cuidado. O lado casado. E o feriado. Sem compromisso. Dois lados apenas. E muitos pontos. Que partilham da mesma reta. Que se deitam no mesmo retângulo. Contidos e deitados. Dentro de um mesmo quadrado.

São duas retas. São paralelas. Que não se cruzam. Ao mesmo tempo. Ao lado dela. Em torno dela. São círculos em ciclos. Que se repetem. Que giram em torno. Em torno dela. Algumas arestas. Alguns cuidados. Não são abertos. Nem são fechados. Nem são redondos. Nem são quadrados. São ciclos apaixonados. Ciclos que acontecem. Ciclos que rolam. E se enrolam. E se embolam. Se descontrolam. E vão e vêm. E vão embora. Saindo pela tangente.

Bem diferente. Do escaleno. Quando o amor é pequeno. Indefinido. Sem lado certo. Ninguém por perto. É infiel. Perante o céu. É anormal. Espacial. Geometria do sensual. Um lado sabe. O outro sente. Um vai embora. O outro ausente. E assim termina. Esse traçado.

Os amores são redondos. Ou são quadrados. Ou têm outras formas. Mas sempre precisam. No mínimo, de dois lados. Que se juntam. Não dão certos, se separados.

(por Domingos Oliveira Medeiros)



"Eu sou criança.E vou crescer assim.Gosto de abraçar apertado, sentir alegria, invertar mundos, inventar amores.O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
Enxergo omundo lindo e as vezes cinza, mas para que existe o lápis de cor.
Meus sonhos escrevem a minha vida, que as vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descançar a alma e dormir sossegada).
Já mudei, já aprendi
Tô mudando, tô apredendo..."

"Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!"

Edson Marques

Esperança 2


Quem não deseja, após as fadigas de uma longa caminhada, encontrar um lugar onde possa descançar à sombra de árvores frondosas; refrigerar-se com a água fresca e cristalina de uma fonte e respirar o odôr de flôres perfumadas?

Assim, na jornada da vida, quão intoleráveis e áridos não seriam os nossos dias, se não tivéssemos para amenizá-los, a Esperança, essa "amável companheira da vida" que tanto nos alenta e estimula. Sem ela, o lavrador não teria tanta perseverança e constância para cultivar a terra, o marinheiro não arrostaria a sanha do mar furioso e embravecido; o enfermo não suportaria suas dôres, nem o cativo o peso do seu cativeiro.

...Não fôra a Esperança, sucumbiriamos ao peso dos males que se sucedem. "Ela tem a arte de separar de nós o que está em contáto conosco, e aproximar de nós o que julgamos inatingível; livrá-nos do presente, quando inoportuno, e nos traz o futuro, quando êste parece vantajoso".

Não existe lar, rico ou pobre, que não a acolha; não há coração, altivo ou humilde que não o abrigue. Por onde passa, deixa benefícios e consolações, sobretudo nos lares construidos em choupanas e casebres rústicos e nos corações desesperados e aflitos.

Se os corações abrigam essa esperança terrena, tão sujeita aos enganos, por que não acolher a mais promissôra esperança a divina, que não consente esperemos em vão? Po mais que nos alimentemos dessa Esperança, nunca será demasiado, pois tem por fim levantar-nos, fortalecer-nos, aliviar-nos as dôres e estancar-nos as lágrimas.

Saturemos nosso coração dessa Esperança, fresca viração que ameniza os ardores da vida. Estrela que brilha no firmamento da existência, nas noites mais sombrias; artista que sabe colocar sobre as urzes que cobrem nossa vida, flôres aromáticas; acorde melodioso extraídos das cordas de uma harpa, cujo som nos acompanha a vida até o dia em que alcançarmos o lugar que Deus nos reservou.